O Brasil está entre os países com maior número de franqueadores no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) havia 1.855 redes de franquia no Brasil até o final de 2010, número que não para de crescer. O faturamento do setor em 2010 foi de R$ 75,9 bilhões.
O bom desempenho foi alavancado principalmente pelo próprio desempenho da economia brasileira, pela oferta de crédito e o aumento do poder de compra da população. “O surgimento das microfranquias (franquias cujo investimento inicial não passa de R$50 mil) é o reflexo dessa nova realidade do mercado”, explica Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF.
Mas, diante desse cenário positivo, alguns problemas são inevitáveis. Segundo Daniel Alcântara Nastri Cerveira, sócio e responsável pela área de franquias do escritório Cerveira Advogados Associados, podem existir divergências entre franqueadores e franqueados. “As mais comuns são a fixação do preço ao consumidor pelo franqueador; preferência de aquisição do ponto comercial pelo franqueador; venda pela internet dentro do território do franqueado e obrigação de reformas periódicas no estabelecimento”, avalia.
O advogado alerta, ainda, que para que os franqueadores minimizem as chances de aborrecimentos, é fundamental que a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o contrato de franquia esclareçam todas as situações imagináveis no sentido de conceder a maior flexibilidade possível aos detentores das marcas, sem prejuízo da observância da legislação aplicável. “Por outro lado, igualmente essencial para o sucesso das redes é a condução do relacionamento com os franqueados de maneira inteligente e com sensibilidade”, explica.
Fonte: Executive News, 9 de março de 2012