Comitê de Food Service ABF analisa desafio das redes de alimentação

Comitê de Food Service da ABF encerra ano com encontro em que especialistas fizeram rodada de negócios, trouxeram dados e informações relevantes para o segmento

Para analisar e debater o mercado de food service sob o tema “O desafio das redes de alimentação”, o Comitê de Food Service da ABF realizou um encontro de encerramento do ano nesta segunda-feira (23) na sede da entidade.

Segundo João Baptista Junior, diretor de franquias do Rei do Mate e coordenador do Comitê, independentemente do tamanho da rede, o comportamento durante o ano foi o mesmo. “Nosso setor está mantendo o crescimento com maior eficiência. O desafio maior são os custos”, avaliou.

Dados da pesquisa de desempenho do franchising no 3º trimestre deste ano, que cresceu nominalmente 8,2% no período comparado a 2014, e  tendências para o segmento de alimentação foram comentados por Vanessa Bretas, coordenadora de Inteligência de Mercado da ABF e Simone Galante, diretora da Galunion Consultoria. “O mercado não está fácil, mas quem trabalha com foco maior em sua rede tem tido resultados melhores”, afirmou a consultora.

Os participantes do encontro fizeram uma rodada de negócios, comentando suas estratégias para superar o atual período econômico. Foco em capacitação e treinamento, intensificação do suporte ao franqueado em negociações e renovações de aluguéis, e negociações com fornecedores foram algumas das estratégias adotadas pelas empresas do segmento em 2015. “Momento de crise é momento de negociação”, afirmou Renata Rouchou, diretora de desenvolvimento da Starbucks Brasil. “É preciso pensar se a comunicação com o franqueado está sendo efetiva”, completou João Baptista.

“Locação comercial – como enfrentar o atual cenário” foi o tema da palestra do advogado Mario Cerveira Filho. O especialista trouxe as recentes experiências com ações renovatórias de locações e abordou os cuidados que os locatários devem ter frente à dinâmica atual do mercado imobiliário. Para Cerveira, a atenção à “cláusula de vigência” é vital e cujo contrato deve estar registrado no Cartório de Registro de Imóveis. “O grande problema é a assinatura do primeiro contrato. É obrigação do franqueador acompanhar esse ato”, defendeu.

Pesquisa

Já Enzo Donna, diretor da ECD Food Service, apresentou um panorama do mercado de food service, trazendo recentes informações da Pesquisa ECD Food Service.

O estudo feito em novembro de 2014 apontou expectativas para 2015. No ramo de padarias, 36% esperavam crescer, mas somente 14% chegam ao final deste ano com faturamento nominal maior; 50% acreditavam que enfrentariam queda e efetivamente 47% tiveram receita menor, das quais 28% acima de 10%. Manter a estabilidade era a previsão de 14% das padarias, índice que atingiu 38%. Quanto à circulação de consumidores, 75% das padarias tiveram queda de público e foi o setor menos afetado, afirmou Donna.

Apesar das projeções macroeconômicas desfavoráveis, o setor de food service está com perspectivas mais otimistas em 2016, disse Donna. Segundo ele, os empresários do mercado dizem que o pior já passou e, antes, eles não estavam preparados. “Mas é preciso ter cautela”, advertiu.  Ainda de acordo com o especialista, no próximo ano o foco das redes deve ser o custo-benefício das operações e elas “terão de trazer, de vez, a indústria para dentro do negócio de food service”, ressaltou. Concluindo, Donna apontou três pontos que devem ser o foco principal das franqueadoras em 2016: controle de matéria prima, ou seja, ir a fundo no preço da mercadoria, custo de ocupação e mão de obra, com foco na produtividade.

Fonte: Portal da ABF, 15 de dezembro de 2015

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