Atraso de aluguel cai no Rio

Inadimplência na locação recua a 7,5%. Renda maior, nova lei e formalização ajudam

Melhora na renda dos brasileiros, aumento no número de trabalhadores com carteira assinada e as mudanças na Lei do Inquilinato, que completam um ano hoje, contribuíram para reduzir a inadimplência na locação de imóveis no Rio. Segundo o vice-presidente do Secovi Rio, Manoel Maia, o percentual caiu para 7,5%. No ano passado, a taxa variava entre 9,5% e 10%. Atualmente, o mercado de locação cobra, em média, 10% de multa por atraso no pagamento do aluguel.

“No boleto, também estão despesas do condomínio e do IPTU. Nesse caso, o inquilino pagará o percentual em cima de todas as despesas, porque é sobre o contrato de locação”, explica Maia. Vale lembrar que desde que entrou em vigor o Novo Código Civil, a multa por atraso de condomínio caiu de 20% para 2% ao mês.

De acordo com Maia, para locatários em atraso, a aplicação de um percentual maior vale para o aluguel e os encargos (cota condominial e IPTU) — despesas cobradas no mesmo boleto bancário.

A redução no valor da multa tem feito com que muitos proprietários de imóveis deixem de pagar a despesa em dia para bancar outras contas que têm juros mais elevados. “O número de ações por atraso de condomínio tem subido assustadoramente nos fóruns do Rio. O reflexo é a quantidade de imóveis indo a leilão por falta de pagamento da cota condominial”, diz Maia.

O vice-presidente do Secovi lembrou ainda que, com as mudanças na Lei do Inquilinato, o mau pagador pode sair do imóvel mais rápido. “O juiz pode conceder uma liminar dando 15 dias para o inquilino deixar a unidade”, explica.

Aluguéis em alta

Para o advogado Mario Cerveira Filho, especialista em Direito Imobiliário, as regras atuais favoreceram os locadores e, por esse motivo, o valor dos aluguéis tem subido tanto: “A valorização dos imóveis, obviamente, acompanhou este aumento, de forma desproporcional, ainda somado ao reajuste do principal imposto imobiliário (IPTU), potencializado pela inflação de 2010”, avalia Filho.

Fonte: O Dia Online, 25 de janeiro de 2011

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